Houve uma alta nos custos de insumos para os pecuaristas e as exportações tornaram-se mais lucrativas para insumos importantes na engorda do boi, como o farelo de soja e o milho. Isso pressiona os frigoríficos e afeta diretamente a margem final da carne.
A variação regional dos preços da arroba é notável. No Mato Grosso, os preços variam entre R$ 310 e R$ 320, enquanto em São Paulo, oscilam entre R$ 330 e R$ 360, com um recuo recente para R$ 330. No Mato Grosso do Sul, os preços ficam entre R$ 304 e R$ 320, e no Pará, entre R$ 285 e R$ 302 para fêmeas e R$ 302 para machos. Esses preços podem sofrer variações de acordo com o cálculo considerando o frete ou se o animal é destinado ao mercado chinês.
O mercado do milho, um importante insumo para o pecuarista, também apresenta disparidades regionais. No Rio Grande do Sul, os preços variam entre R$ 73 e R$ 77. No Paraná, os preços ficam entre R$ 68 e R$ 71, e no Mato Grosso do Sul, entre R$ 53 e R$ 54. Essas flutuações são influenciadas pela demanda global e custos de produção.
Além disso, fatores econômicos como câmbio favorável às exportações, alta dos custos de ração e combustível, e variações climáticas que prejudicam as pastagens contribuem para a complexidade do setor. Isso inclui, por exemplo, a infestação de porcos do mato que estão prejudicando algumas lavouras no estado do Mato Grosso e as enchentes ocorridas em maio de 2024 no Rio Grande do Sul.
Nesse contexto, o programa nacional de recuperação de pastagens degradadas assume um papel importante, que visa aumentar a competitividade brasileira frente ao mercado externo, aumentando a oferta de gado e insumos, promovendo sustentabilidade e preços mais justos no setor. Essa iniciativa é crucial para o desenvolvimento do agronegócio brasileiro. Para superar esses desafios, os frigoríficos buscam investir em governança corporativa, otimizar processos produtivos, custear os produtos de forma mais justa e utilizar tecnologias para reduzir custos.
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